Lamarckismo

O Lamarckismo ou lamarquismo corresponde às ideias desenvolvidas pelo naturalista Jean-Baptiste Lamarck sobre a evolução dos seres vivos.
Essas ideias foram fundamentais para o conhecimento da evolução. Porém, atualmente, não são mais aceitas.
Lamarck baseou sua teoria em duas leis principais: a lei do uso e desuso e a lei da transmissão dos caracteres adquiridos.

Lei do Uso e Desuso

A lei do uso e desuso é resultado da observação de Lamarck de que certos órgãos podem se desenvolver mais se forem mais usados. Ao mesmo tempo, outros ficam atrofiados se não forem usados.
Um exemplo clássico da lei do uso e desuso é sobre o pescoço das girafas. Elas teriam a necessidade de alcançar folhas mais altas nas árvores. Para isso, esticavam mais o pescoço, desenvolvendo a musculatura, levando ao seu aumento.
LamarckismoAumento do pescoço das girafas ao longo das gerações

Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos

Essa premissa complementa a primeira, do uso e desuso. Lamarck acreditava que as características adquiridas eram transmitidas de geração em geração, tornando as espécies mais adaptadas ao ambiente.
Por exemplo, as girafas que aumentavam o pescoço com a necessidade de buscar folhas cada vez mais altas nas árvores, passavam essas características para os descendentes.
Assim, ao longo de sucessivas gerações, as girafas "pescoçudas" se tornavam mais adaptadas ao ambiente.

Importância das ideias de Lamarck

Lamarck foi muito importante para o desenvolvimento das teorias evolucionistas, uma vez que naquela época, dominavam as ideias fixistas ou criacionistas
Acreditava-se, por exemplo, que o número de espécies era fixo e definido no momento da criação por Deus. As espécies eram consideradas imutáveis.
No entanto, com o interesse crescente pelas ciências naturais, a observação dos fenômenos pelos naturalistas levou-os a questionar a imutabilidade das espécies.
Lamarck acertou ao analisar a importância das espécies se adaptarem ao meio em que vivem e por acreditar que os fósseis eram um registro da evolução dos seres.
No entanto, suas ideias falham ao afirmar que as características adquiridas durante a vida podem ser transmitidas aos descendentes.
Hoje sabemos que isso não ocorre, graças aos estudos genéticos. Essas características chamadas de fenótipos, são provocadas por fatores do ambiente e não podem ser transmitidas geneticamente

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